Quando deixou os Novos Baianos, em 1975, para seguir carreira solo, Moraes Moreira se tornou um dos principais responsáveis pelo crescimento do carnaval de rua em Salvador. Tanto por sua participação como cantor no Trio Elétrico de Dodô e Osmar, quanto pelos êxitos carnavalescos que gravou - alguns dos quais assinados em parceria com o cearense Fausto Nilo. Mas a evidência desse lado carnavalesco - que fez o repertório de Moraes onipresente nas praças e cortejos públicos do carnaval da época - não embotou a excelência das outras personas do baiano, como o compositor de sambas, choros e forrós. Justamente nesse período, entre a segunda metade dos anos 70 e o início dos anos 80, Moraes produz seus grandes discos. Em especial, esse primoroso Bazar Brasileiro (1980). Nele, Moraes revisita o forró ("Forró do ABC", parceria com Patinhas) e o frevo ("Que papo é esse?", parceria com Capinan e Fausto Nilo), mas também passeia por outros gêneros, como o choro-canção "Meninas do Brasil", o grande momento de sua parceria com Fausto Nilo. Há ainda parcerias (nem tão inspiradas, mas igualmente preciosas) com Waly Salomão ("Cabeleira de Berenice"), Abel Silva ("Meninos do Brasil") e Jorge Mautner ("Lenda do Pégaso").
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