Mais uma praça na mira da gestão Roberto Claudio. E novamente - pra variar - sem debate com a população e com o atropelo do devido rito legal na Câmara dos Vereadores.
Aquela agradável pracinha na Aganambi, nas proximidades da AMC, onde funciona o bar Pé de Serra, dará lugar a uma das pistas do projeto de alargamento da avenida. A informação consta na planta da obra (foto acima), a que alguns moradores do entorno tiveram acesso. Uma grande pena, uma grande tristeza. Em vez de fortalecer os espaços de convivência da Cidade - e aquele é um pequeno e simpático oásis de sombra e brisa em meio ao caos do trânsito no Joaquim Távora, além de ser um local de concorridos encontros musicais e boêmios - a Prefeitura Municipal de Fortaleza investe mais uma vez na estupidez do asfalto e na lógica da cidade feita para carros, não para pessoas.
Lembro de uma entrevista em que o arquiteto dinamarquês Jan Gehl, consultor de projeto urbanístico para as cidades de Londres e Sydney, apontava onde é que os planejadores erraram nas tramas urbanas da contemporaneidade: “os planejadores olhavam de cima os modelos em escala das cidades. O que faltou foi uma visão do ambiente na altura dos olhos”.
No caso de Fortaleza, falta não só essa visão na "altura dos olhos" (o que fica bem mais difícil com o tipo de prefeito que temos, truculento, arrogante, submisso ao interesses do grande capital). Falta a base de uma visão técnica propriamente dita (aqui tudo é feito às pressas, de forma enviesada), mas, sobretudo, uma relação mais honesta e amorosa com a Cidade.
Enfim, mais uma praça que se vai; mais um revés para Fortaleza.
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