Opinião pessoal e intransferível: as três melhores baterias do Rio de Janeiro hoje são Portela, Rocinha e Ilha. Comandadas respectivamente pelos mestres Nilo, Maurão e Riquinho. Cadência e virtuose! Depois que Mestre Odilon deixou de reger baterias no carnaval carioca, são esses três mestres, a meu ver, os que melhor se afinam com os ensinamentos do Pelé das baterias. Na Ilha, o destaque são as terceiras, verdadeiros violões de 7 cordas na batucada. Na Portela, a engenhosidade e a inteligência de Nilo no comando da bateria - por ser portelense, sei que sou suspeito, mas digo que essa é a melhor bateria do Rio hoje. Na Rocinha, o destaque é a harmonização precisa entre todos os naipes e o comando seguro de Maurão, que impõe um dos andamentos mais balanceados entre todas as escolas de samba. Os três personagens se inscrevem perfeitamente do dizer de Haroldo Costa, segundo o qual as escolas de samba foram, ao lado do jazz e, claro, do próprio samba, a maior invenção musical do século XX.
Um comentário:
Aproveitando o "Cadenciando a cadência" e nesta universidade aberta de ritmistas/percucionistas classe medianos, em que se transformou Fortaleza, onde até crachás os alunos(as) usam, quais as possibilidades reais de termos um boa bateria de escola de samba numa "Escola de Samba?
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