"A admiração seleciona, elege, ama, assume, esclarece, propõe. Admirar é intervir política e culturalmente. Em meio a tudo isso, Caetano (Veloso) ainda nos ensina, pelo exercício da admiração, a nos sentirmos mais ligados ao mundo, à cultura de nosso tempo: a admiração nos prende amorosamente à terra, renova e multiplica em nós, a cada vez, as razões de viver".
Francisco Bosco, no ensaio "Ou Não", do livro Banalogias
Um comentário:
Teve um tempo em que gostei do Caetano. Depois desgostei. Um dia, vi o Caetano na TV dizendo que a Sandy (!) era a melhor cantora (sic) do Brasil. Depois vi o Caetano levantando a bola de uns caras que não eram exatamente compositores. Depois, já aqui em Brasília, fui ao um show em que ele tocava rock com uma banda de garotos. Aí, cheguei a uma conclusão: o Caetano não envelheceu. Continua chocando. Batendo. Contestando - como chocou, bateu e contestou nos anos '60. Aí, neste exato momento, voltei a gostar dele de novo.
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