terça-feira, 26 de agosto de 2008

Uma nova Esperanza

Ela é linda. Toca contrabaixo pra valer - não é só pose. Canta divinamente bem - o que é ainda mais difícil se combinado com o toque do contrabaixo. É compositora de rara felicidade melódica. E ainda tem um nome angelical: Esperanza. Esperanza Spalding. Uma nova diva do jazz e uma nova paixão na minha discoteca. A presença de "Ponta de Areia", do Milton e do Fernando Brant; e "Samba em prelúdio", do Vinícius e do Baden; no repertório de seu disco de estréia (Esperanza) me chamou atenção. Mas confesso que fui escutar meio receoso de me deparar com mais uma daquelas milhares de cantoras negras que carregam no oversinging - aquele maneirismo exagerado, cheio de gritos e miados, que virou uma praga entre a nova geração de intérpretes norte-americanas. Pelo contrário. Esperanza canta e encanta sem exibicionismos - mesmo seus scat singings conseguem equilibrar sobriedade e exuberância - e transita sem aperreios pelo português e pelo espanhol. Além de fazer de sua voz mais um instrumento na química dos arranjos, dialogando com seus músicos numa sintonia muito fina. 

Segue a diva:

Nenhum comentário: