Eufônio. Ou bombardino. Uma espécie de ovelha negra da família das tubas. Esse é o instrumento com que um jovem paulista chamado Rafael Mendes, de 23 anos, vem surpreendendo o mundo da música erudita. No fim do ano passado, ele venceu a finalíssima da quarta temporada do Prelúdio, festival de música erudita promovido pela TV Cultura de São Paulo. Muito do assombro com as performances de Rafael se deve ao fato de que o eufônio geralmente é utilizado na pontuação harmônica da música ou em raras linhas melódicas. Nunca nos solos. Pois é nos solos que Rafael, do alto de seus 110 Kg e empunhando o pesado bombardino, vem desafiando a lei da gravidade.
A duas semanas da final do concurso, Rafael mudou seu repertório. Trocou Harlequin, do britânico Philip Sparke, um célebre eufonista contemporâneo; por Variações sobre o Carnaval de Veneza, do francês Jean-Baptiste Arban (1825-1889), uma obra virtuosística escrita para trompete e que custa pelo menos dois meses de estudo a um solista erudito profissional. Rafael, dono de uma virtuose impressionante e de uma respiração precisa, estudou a peça em quinze dias e deixou toda a platéia a dois palmos do chão por inacreditáveis sete minutos e meio(!).
O vídeo da final do concurso segue abaixo.
4 comentários:
IMPRESSIONANTE!!!
Ótimo o vídeo!!!
Não necessariamente sobre a postagem, mas faço aqui uma reverencia ao blog em si mesmo, fico feliz de conhecer, e ainda mais contente em estreitar os laços.
É uma janela a mais para assuntar, acompanhar a trajetória do nobríssimo e grande amigo Felipe Araújo, personalidade e personagem assaz elegante.
Grande abraço e tudo de bom.
Inté!
j.paiva
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