sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Camerata Carioca

No famigerado ano de 1983, quando a economia brasileira foi à lona, um lançamento de música instrumental tornou-se um divisor de águas no Brasil. Tanto por reafirmar a riqueza de uma tradição que parecia se esfumaçar ante o avanço dos teclados, baterias eletrônicas e sintetizadores; quanto por retrabalhar os códigos do nosso processo musical de maneira absolutamente original até então. Capitaneada pela virtuose de Joel Nascimento, a turma da Camerata Carioca lançava o disco Tocar, um libelo a favor da música brasileira que reuniu alguns dos principais nomes do choro e da música erudita no País: além de Joel (bandolim), Joaquim Santos e Maurício Carrilho (violões), Luiz Otávio Braga (violão de 7), Henrique Cazes (cavaquinho), Beto Cazes (percussão) e Dazinho (sax e flauta). "É difícil destacar detalhes valorosos do disco, pois são muitos, mesmo assim valem citação especial: a balançadíssima participação de Radamés Gnatalli no 'Remexendo', os belíssimo arranjos de Maurício Carrilho - 'Fugata' e 'Choro de mãe' -, Luiz Otávio Braga - 'Terna saudade' e 'Lenda do caboclo' - e o timbre especial do sax-alto de Dazinho no solo de 'Valsa Triste'", lembra Henrique Cazes, no encarte da edição do disco em CD.

Abaixo, um vídeo de Henrique Cazes tocando "Minhas mãos meu cavaquinho", de Waldir Azevedo.

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