segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mino e o País que FHC quebrou


No editorial de sua Carta Capital desta semana (a capa acima é de uma edição de fins dos anos 90), Mino Carta compara os governos Lula e FHC, conferindo ampla vantagem para o petista. Além de resgatar pontos vexaminosos de uma entrevista concedida pelo ex-presidente à então revista mensal em 1994 - em que FHC chega a dizer, nada mais nada menos, que o político, embora não deva necessariamente mentir, "tem de omitir" -, Carta resgata em rápidas pincelas o que foi o governo do tucano.
"Seguiram-se oito anos de governo tucano. No período, o Basil quebrou três vezes, o prórpio presidente (FHC) incumbiu-se da tarefa de desvalorizar o real depois de se reeleger à sombra da bandeira da estabilidade, da qual se apresentava como pai. Cuidara, para conquistar o segundo mandato, de comprar votos no Congresso. O país, em contrapartida, foi posto à venda. Por pouco a Petrobras não acabou nas mãos das célebres irmãs do petróleo. Negócios gigantescos foram fechados a todo custo a favor de empresários escolhidos a dedo. (...) O Brasil crescia à média anual de 2,5% com todas as consequências deste falso avanço", escreve o editor de Carta. E conclui: "A comparação entre os governos de FHC e Lula é inescapável. (...) Todos os números mostram que o governo que agora se despede saiu-se infinitamente melhor do que o anterior".
Como o Brasil - nem pessoas como a ex-petista-neo-tucana Soninha, pelo visto - não tem na extensão de sua memória uma de suas virtudes, vale conferir o texto de Mino.

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