quarta-feira, 22 de julho de 2009

Governando na porrada


O post abaixo foi retirado do blog do escritor Guilherme Scalzilli.  O texto é inspirado na foto acima, que retrata a governadora gaúcha respondendo a uma manifestação de professores realizada em frente a sua casa na semana passada. Para que os três leitores deste Talabarte entendam: diante da manifestação, pacífica, dos professores, Yeda acionou os policiais do Batalhão de Operações Especiais e o pelotão de choque da PM gaúcha, que simplesmente varreram os manifestantes da rua, além de prender pelo menos seis pessoas. 

"Eis a governadora Yeda Crusius (PSDB-RS) em momento finesse. A ação truculenta da polícia sob seu comando imita a famigerada PM paulista, do correligionário José Serra. Ambos os Estados, como o partido que os domina, vangloriam-se de certa superioridade civilizatória. Vê-se.
Fico imaginando o que a imprensa diria se no lugar da simpática Yeda tivéssemos, digamos, Marta Suplicy, a vociferar protegida pelo portão e por cossacos da Guarda Imperial. As interjeições de Eliane (“Gente!”) Cantanhêde, os impropérios miriambatuqueiros de Bárbara Gancia, as lágrimas indignadas das beldades do Saia Justa, os comentários jocosos de Arnaldo Jabor.
Yeda sobrevive porque a grande mídia (local, mas também nacional) ainda acredita que seu interminável cozimento é preferível ao vergonhoso impeachment de uma governadora tucana às vésperas das eleições. Enquanto isso, a direção do PSDB julga que o desgaste sepulta de vez um quadro partidário incômodo; seria o mal menor de uma operação dolorosa, mas necessária.
Tudo isso pode mudar ao sabor das próximas pesquisas e da criatividade da governadora".

2 comentários:

Reginauro Catunda disse...

Fala Felipe,

O interessante é que se tivéssemos acesso somente aos noticiários da Rede Globo, os problemas pelos quais passam a PSDEBISTA gaúcha Yeda passariam despercebidos. Willian Wack nem sonha em mostrar no "seu" Jornal da Globo, o noticiário predileto dos anti-Lula.
Um abraço!

Américo Souza disse...

Três leitores, Felipe. Não seja modesto. Na última vez que contei havia pelo menos cinco. Abraço!