sexta-feira, 17 de julho de 2009

God bless the child


Há exatos 50 anos, morria Billie Holiday. Em seu DNA, Lady Day trazia o talento estupendo para o canto e a maldição que assolou toda uma linhagem de grandes cantoras - que começa com Bessie Smith e, depois de passar por Janis Joplin, vem desaguar em Amy Winehouse - que tiveram a vida devastada pelo vício e pelos dramas amorosos. Não é a maior cantora de jazz de todos os tempos, como alardeam os mais apressados ou os mais apiedados. Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan estão num patamar mais alto. Mas é, sem favores, uma das maiores personas do jazz, esse gênero musical que é uma síntese da luta do negro norte-americano pela liberdade. Billie costumava encerrar seus shows com a dolorosa "Strange Fruit", um canto inspirado na imagem de dois negros enforcados no sul dos EUA e já abordado neste talabarte.


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