Esse segundo disco do 3-d, chamado Trio 3-d convida é, para mim, um dos grandes momentos da música brasileira. Seja pela qualidade do trio, evidenciada em todo o lado A do bolachão; seja pela categoria dos quatro solistas e do arranjador convidados para o lado B: Raul de Souza no trombone de pisto, Maciel no trombone de vara, o "rei do som" Paulo Moura no sax-alto, Meirelles, o "rei da frase", no sax-tenor e um enfant-terrible chamado Eumir Deodato nos arranjos.
O resultado é um disco estimulante da primeira à última faixa. A audição no CD, editado em 2001, sofre um pouco com o resultado inferior da masterização em relação ao LP, mas possibilita ao ouvinte o percurso completo do disco - do entrosamento do trio aos vôos de seus convidados. Sei que sou suspeito porque Paulo Moura é um de meus grandes heróis na música, mas não há como não registrar sua performance em "O passarinho", com direito a citação de "Take five". Com o perdão da comparação, Paulo Moura soa como Coltrane vestindo a camisa verde-amarela e marcando um golaço.
Na forma de conjunto, o 3-d ainda gravaria um disco em 1967, com uma insólita presença de Beth Carvalho, ainda tateando seu caminho na música brasileira. Mas o resultado não seria o mesmo de 3-d Convida. Ainda hoje, incomparável.
2 comentários:
Prefiro a fase solo do Antonio Adolfo. Mas esse disco é muito bom mesmo. Grande abraço
Felipão, não te vi mais quarta feira. De longe parecia que estavam curtindo...escuta, perdi teu contato. Manda pro moyseis@moyseismarques.com ? Tô programando um lançamento do meu novo cd aí em Fortaleza. Me ajuda? Um abração!
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