Notas, diálogos e ideias sobre arte, política, afetos e desimportâncias
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Samba da vela
Desde 2000, a cada segunda-feira, religiosamente, cerca de 250 pessoas se reúnem na Casa de Cultura, no bairro de Santo Amaro, para prestigiar a produção dos novos sambistas paulistanos. No ritual, uma vela é acesa dando início à música, que só termina quando a chama se apaga. Daí o nome da roda: samba da vela, uma fascinante mistura de grupo, espaço e agenda cultural, cuja prioridade do repertório são as novas composições, apresentadas diretamente ao público. O criador da roda é o cearense Chapinha. Natural de Uruburetama e residente há trinta anos em São Paulo, ele é citado no livro Heranças do Samba, de Aldir Blanc, Hugo Suckman e Luiz Fernando Viana, por seus serviços a favor do samba. O samba da vela já deu origem a um disco muito bonito, lançado há cerca de quatro anos, que apresentou ao País algumas das canções que povoam as tradicionais noites de segunda-feira em Santo Amaro. E provou aos céticos mais apressados que a boa música brasileira continua pulsando, para além dos boçais circuitos de divulgação da grande mídia.
Quem quiser saber mais sobre Chapinha e sobre o samba da vela pode acessar o site www.sambadavela.com.br.
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