terça-feira, 15 de julho de 2014

A direita envergonhada (por enquanto...)


A verdadeira agenda da direita demo-tucano-aecista para o Brasil não tem grandes novidades. Na verdade, é tão óbvia que soa meio clichê: desemprego, arrocho salarial, privatizações, sucateamento do estado, escalada dos juros, alienação da indústria nacional, aumento das tarifas públicas, cortes no orçamento das políticas sociais, etc, etc, etc.

"Essas propostas estão sendo aplicadas na Grécia, na Espanha e na Itália, e não têm nada de original. Elas obedecem aos interesses e ao comando das grandes corporações transnacionais e da acumulação financeira", diz Silvio Caccia Bava, do Le Monde Diplomatique Brasil. "A novidade não está no andar de cima, com seu consumo de elite. A novidade está no ingresso de dezenas de milhões de brasileiros no mundo do consumo, alimentando um mercado de produtos de massa, circuitos curtos de produção e consumo, gerando emprego e bem-estar. Tudo isso implicou a redução do ganho dos rentistas".

Por ora, Aécio e seus formuladores seguem constrangidos em defender publicamente esses objetivos. Falta-lhes coragem e honestidade intelectual - a mesma honestidade intelectual que falta a alguns "petistas" na hora de escamotear o fato de que o novo programa de governo de Dilma não contempla aspectos fundamentais para uma agenda progressista como a democratização dos meios de comunicação. Enquanto isso, Aécio e sua curriola se servem de uma assombrosa cortina de fumaça midiática para confundir a opinião pública em torno de seus reais interesses para o País.

Parafraseando os versos de Chico, essa terra ainda pode tornar-se um imenso Portugal, uma imensa Grécia, uma imensa Espanha...

P.S. - a íntegra do texto do Silvio Caccia Bava pode ser acessada aqui.

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