As letras e harmonias de Pedro Luis estão mais maduras e enxutas, o que lhe permite transitar com a mesma naturalidade entre diferentes parceiros: Roque Ferreira, Carlos Rennó, Suelly Mesquita, Lula Queiroga, Zé Renato, Lenine e até Manuel Bandeira, de quem musicou o poema "Cantiga" numa ótima versão com o grupo A Trombonada.
Vale também registrar a presença de Zeca Pagodinho, que mostra que é um cantor de recursos muito mais amplos do que supõe o vão preconceito em relação aos seus "pagodes". Roberta Sá e Lenine também dão o ar da graça nos vocais. A primeira coroando com seu timbre adocicado a bela "Luz da Nobreza", parceria de Pedro Luis e Zé Renato. O segundo, em "4 Horizontes", fazendo o contracanto de uma melodia envolvente. "Estrada de quatro sentidos/ Encruzilhada de destinos/ Quanto mais flor, mais mulher/ Quanto mais velho, mais menino", cantam os dois parceiros num dos grandes momentos do disco.
É, ao mesmo tempo, o mais elaborado e o mais pop dos trabalhos do grupo carioca. Um disco que é não é simplesmente um disco de samba mas que mostra como o samba ainda é a grande força motriz da música brasileira. E ainda reafirma Pedro Luis como um dos grandes compositores de nossa época.
4 comentários:
Prefiro o Plap com o Monobloco. Sozinhos, eles são chatinhos, chatinhos...
Um disco muito bom. Tudo o que o Lenine toca vira ouro. Vocês já ouviram o disco novo dele. Tem que falar dele aí, porra.
O Plap é uma das coisas mais legais da MPB. Você dança e se emociona do começo ao fim do disco
Zeca Pagodinho não dá, meu caro. Não dá.
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