Primeiro disco de jazz instrumental a vender mais de um milhão de cópias, Time Out (1959), do mitológico quarteto de Dave Brubeck, registra a melhor fase do grupo. Aqui, Brubeck assume de vez as informações eruditas que contagiaram sua música e que, apesar do nariz torcido de parte da crítica mais ortodoxa, fizeram cravar a melodia de músicas como "Take five" e a frenética "Blue rondo a la turk" no imaginário dos fãs de jazz. "Take Five", aliás, chegou a quinta colocação na Billboard na categoria música adulta contemporânea. Seguido de Paul Desmond, Joe Morello e Gene Wright, Brubeck, a partir da utilização de métricas estranhas ao jazz mais tradicional (em especial a valsa), dá saltos corajosos nos improvisos sem perder a capacidade de comunicação com o ouvinte. Em 2005, o disco foi eleito pela Biblioteca do Congresso Norte-Americano como um dos 50 álbuns que formariam o Registro Nacional de Gravações dos Estados Unidos. Ano que vem, Time Out completa 50 anos, mas continua soando surpreendentemente moderno. Um ótimo ponto de partida para quem quer ingressar no universo do jazz e um fascinante ponto de chegada para muitos músicos.
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