terça-feira, 11 de junho de 2013

A revolta dos crocs


Nota divulgada pelo Governo do Estado para a imprensa - em que sugere que milícias querem se infiltrar na manifestação do próximo dia 13 - acaba de potencializar a marmota que é esse movimento "Fortaleza Apavorada". Algo que tinha tudo para ser mais uma dessas pífias manifestações contra a violência (e nunca a favor da justiça social) - ou, como diz brilhantemente um amigo, a "revolta dos crocs" - acaba de ganhar efetividade. 
Já é um movimento vitorioso, porque obrigou o Governo a fazer seu principal pronunciamento sobre a (in)segurança pública até agora - na nota, o Palácio da Abolição admite que o crime chegou a níveis "intoleráveis" em Fortaleza. E tudo, mais uma vez, pela inaptidão da atual gestão para o diálogo; sem falar, obviamente, na incompetência para lidar com a questão da violência urbana. Qualquer crítica, qualquer contraponto, são sempre vistos pelo Governo como movimentos conspiratórios, articulações políticas sub-reptícias, bandeiras partidarizadas. É a crítica "ad hominem" levada ao paroxismo da paranoia. 
A nota , obtusa, tem o claro objetivo de apavorar ainda mais os "apavorados". A estratégia palaciana para esvaziar a passeata talvez dê certo. Talvez não. A nota pode ter despertado o interesse de quem, até então, estava dando de ombros para o tal movimento. Vejamos... 

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