sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Os meios, o fim e o Enem



Estudei no Colégio Christus. Do tempo que passei naquela instituição "cristã", carrego comigo um patrimônio inestimável que são as amizades cultivadas e que perduram até hoje. Mas jamais colocaria um filho meu para estudar lá, pois discordo da proposta pedagógica desumanizada e alienante, e também do falso moralismo com que a instituição constrói sua relação com os alunos. A ferro e fogo, seus meios todos conduzem para um mesmo fim: uma boa cota de aprovação no vestibular (na minha época) e no Enem (agora) - como se as demandas mais profundas de formação do ser humano se resolvessem num gabarito de prova. Não me parece, portanto, uma instituição de ensino mais ou menos ética que outras tantas que existem na Cidade e que se engalfinham nessa sanha hipócrita em torno dos exames do ensino médio. Claro, não se pode julgar antecipadamente. Esperemos que a apuração da Polícia Federal seja concluída - embora existam fortes indícios que houve vazamento criminoso da prova. Mas me incomoda muito essa tentativa de blindar antecipadamente a escola, sem chamá-la à responsabilidade.

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