A Sonata K. 141, de Scarlatti (1685-1757), com sua cascata de notas repetidas e alternadas, é uma das peças mais difíceis para o piano. Nas mãos de Martha Argerich, ganha um pulso ainda mais vigoroso, "mais rápido que jamais se imaginou", como defende Arthur Nestrovski em Outras Notas Musicais. "Com ela, não parece só o mais rápido, mas o mais certo e o mais natural. É um dos raros momentos em que a dificuldade técnica transparece no rosto da pianista. Mas transparece de modo mais delicado e bem-humorado: num biquinho que ela faz com a boca, além de cantarolar as melodias".
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