quarta-feira, 11 de maio de 2011

Poemetes araújos - XV


Amor é medida certa.
Nem obsessão, que no fanatismo
a gente esquece por que
se gosta.
Fanatismo é um meio em si mesmo,
sem início nem fim.
Amor é início e fim.
Nem também pudor,
que quem não rasga o coração,
já diz o poeta,
não tem perdão.
Não se pode ter medo do salto,
da vertigem de se estar perto,
corpo e alma na vereda.
Amor é centro,
é precisão,
calma diante do vendaval.
É o dia,
não sabe de minutos,
não dilui-se na peneira dos segundos:
é o firme!
Amor não chega nem sai,
ele é a sala, o durante.
Não é o bebê, a moça ou a mulher:
é ela.
Luisa.
E seu sorriso confirma
tudo que é vida
no meu peito.