Barroco, operístico, nostálgico. Cinema dentro do cinema. O espetáculo como política, a estética como ideologia. La Nave Va: como todo Fellini, musical e caricatural. Leve, irônico e melancólico, sem a verborragia dos filmes menores do cineasta (Cidade das Mulheres, por exemplo). Um de meus finais preferidos, com a câmera desvendando o delicioso jogo de espelhos a que, a rigor, se resume todo o ato de criação cinematográfica. Deliberadamente artificial para fazer-se profundo. Um dos grandes momentos da arte no século XX.
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