Notas, diálogos e ideias sobre arte, política, afetos e desimportâncias
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Benson sem frescuras
Há cerca de 40 anos, George Benson estava longe de ser a estrela de ponta numa cena de R&B um tanto asséptica e inodora - que foi o que se tornou a quase totalidade da produção norte-americana do gênero nas duas últimas décadas. Também estava a décadas da auto-indulgência - que é como me soam hoje quase todos os titãs do jazz com mais de trinta anos de contribuição previdenciária. No entanto, já era "the most exciting new guitarrist on the jazz scene". Pelo menos era assim que lhe classificava a capa de um de seus primeiros discos individuais, lançado em 1965 e relançado há pouco pela Coumbia dentro da coleção Original Album Classics - uma série muito bacana de caixinhas, com cinco discos cada, reunindo trabalhos seminais da carreira de alguns dos maiores nomes do jazz.
Em que pesem imperdoáveis erros de prensagem, que trocou os conteúdos dos CDs, a série é valorosa por resgatar discos que estavam fora de catálogo e oferecê-los a um preço mais acessível. Como cada caixa custa mais ou menos R$ 100,00, cada disco sai por R$ 20,00, o que, se tratando dos clássicos do jazz, é preço de cheiro verde. No caso de Benson, a caixa traz, além de It's Uptown, o tal disco que falava do guitarrista "excitante", George Benson Cookbook, Beyond the blue horizon (com a antológica versão para "So what"), Body Talk e Bad Benson (o melhor de todos, em que Benson grava versões memoráveis para "Take Five" e "Take the 'A' Train").
Abaixo, dois momentos de Benson pinçados a partir de faixas contempladas na coleção: "Take Five" e "So What".
2 comentários:
Maldade sua. O homem continua tocando muito.
Essa versão pra Take Five consegue ser superior ao original do Dave Brubeck. Abração
Postar um comentário