quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"Inteligência é capacidade de operar distinções"

Trecho de uma palestra do professor Vladimir Safatle, da USP, esclarecendo por que votar contra Serra é um voto  a favor do Brasil. Entre outros pontos, o professor destaca como, para chegar ao segundo turno, Serra se aliou aos setores mais reacionários da Igreja, ao cinturão do agronegócio e à fina flor do pensamento conservador. E convoca: "Inteligência é a capacidade de operar distinções".

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O novo velho disco de Gil


Em 1970, recém-chegado ao exílio em Londres, Gil recebeu de Rogério Sganzerla a encomenda para fazer a trilha de seu novo filme, Copacabana Mon Amour, que inauguraria, segundo o diretor, um novo gênero no cinema nacional: a chanchada psicodélica. No elenco, estavam nomes como Helena Ignez, Paulo Vilaça, Lilian Lemmertz, Guará e Otoniel Serra.
Acompanhado do flautista David Linger e de Péricles Cavalcanti, Gil entrou no estúdio londrino IBC em abril daquele ano e, depois de algumas poucas sessões de gravações (onde imperaram o improviso e a intuição do compositor), concluiu a trilha, que foi enviada ao Brasil. A única cópia do material, no entanto, se perdeu e só foi encontrada 28 anos depois, através do garimpo valoroso do produtor Marcelo Fróes, que, na época, editava uma caixa com a discografia de Gil em sua fase Phillips (1967-1974).
Lançado junto com a caixa em 1998, o disco só agora é reeditado de forma avulsa pelo selo Discobertas, do próprio Fróes. São seis faixas, incluindo dois takes da canção "Diga a Ela". Destaque para "Tomorrow vai ser bacana" e a suingadíssima "Mr. Sganzerla" (no link abaixo). Nessas faixas, Gil antecipa a espontaneidade e o minimalismo que marcaria o clima do antológico Ogum Xangô, que gravaria em 1975 com Jorge Ben.



Abaixo, cenas do filme de Sganzerla.